Conhecimento nunca é pouco: a importância de investir na própria formação

Penso, logo existo? Ou existo, logo penso? Afinal, qual das duas máximas está correta? Simplesmente as duas. Cada uma a seu tempo, refletindo uma passagem da humanidade. A primeira, defendida pelo filósofo francês René Descartes, em plena Idade Moderna, retrata o pensamento de uma das figuras-chave da Revolução Científica. A segunda, talvez seja a mais perfeita descrição da própria revolução Científica, ou seja, traduz a Neurociência, que defende ser o homem capaz de primeiro sentir uma informação, depois raciociná-la, para finalmente agir. E o que isso tem a ver com conhecimento? Tudo, desde que se conceba conhecimento como a soma das experiências vividas, sentidas, racionalizadas e reagidas, possíveis apenas a nós, seres humanos. Aliás, uma das coisas belas da vida é que ela está sempre em contínuo movimento e evolução. Por esse motivo, o ser humano não é feito para viver em permanente monotonia. Ao contrário, está sempre pronto a escrever e reescrever sua história.
E por falar em história...
Cada era da humanidade significou mudanças radicais. O homem caçador deixou espaço ao agricultor e criador de animais e, na mais perfeita sintonia com o senhor tempo, foi construindo, solidificando, reconstruindo e modificando sua forma de se relacionar com o seu próprio legado até chegar à época da industrialização.  E desse ponto de nossa linha do tempo até o correr dos dias atuais, vivemos uma nova transição.
Na atual circunstância, chegamos à era do conhecimento e da habilidade para utilizá-lo. Isso porque, de um conhecimento nascem outros conhecimentos, de uma ideia, nascem outras ideias. De fato, o ser humano está sempre ampliando, enriquecendo e aprofundando a maneira de ser e viver.

E os dias de hoje também serão História 

Encontramo-nos, então, em plena Era do Conhecimento, uma nova passagem na evolução humana que  está comportando uma inovadora e diferente reestruturação na maneira de viver e trabalhar, em que o principal desafio é a capacidade de aprender. Não é suficiente ter acesso a um número cada vez maior de informações, é preciso saber utilizá-las para construir as habilidades com a finalidade de enfrentar as contínuas mudanças no horizonte contemporâneo.

O conceito de conhecimento vai além da simples informação, que representa dados passivos que permanecem assim até que alguém os interprete, organize-os, transforme-os e utilize-os no contexto específico e interaja com a realidade.

Conhecimento e Capital Humano, uma única definição
E já que informação e conhecimento são, essencialmente, criações humanas, nunca seremos capazes de administrá-los se não considerarmos que as pessoas desempenham um papel fundamental nesse cenário marcado pelas últimas décadas do século XX, já avançando para o século XXI.
Isso se dá, principalmente, no ambiente corporativo. É que o trabalho está mudando e, nas empresas, o termo “capital humano” indica o patrimônio de habilidade, ou seja, capacidades técnicas e conhecimento dos colaboradores, que geram atitudes inovadoras.

Essa  é a realidade em que as empresas precisam saber se movimentar: o conhecimento se tornou o precioso fator produtivo a ser gerenciado, pressuposto indispensável  nas estratégias das companhias para alcançar resultados.

Estudos recentes sobre “A importância do Conhecimento no século XXI”, realizados na Universidad del Mar, apontam que, na sociedade, o conhecimento será seu recurso primordial e os trabalhadores de conhecimento irão construir o grupo dominante da força de trabalho. As três características principais dessa sociedade serão:
1. Ausência de fronteiras – porque o conhecimento se desloca com menos esforço até do que o dinheiro;
2. Mobilidade para cima – disponível para todos por meio de uma educação formal facilmente adquirida;
3. Potencial para o fracasso, assim como para o sucesso – “Qualquer um pode adquirir os ‘meios de produção’, isto é, o conhecimento exigido para a tarefa, mas nem todos podem vencer”.
Essas três características em conjunto tornarão a sociedade do conhecimento altamente competitiva, tanto para organizações quanto para indivíduos.

O maior desafio entre todos os conhecimentos: conhecer a si mesmo

Se esse é o desafio das corporações, é  também um desafio individual trilhar um caminho de evolução  e crescimento. Como já previa Sócrates, “o verdadeiro conhecimento vem de dentro”. Isso porque, em última análise, o conhecimento é uma condição individual, mas que no momento em que é compartilhado, torna-se coletivo e universal.
O ser humano é quem dá o tom e utiliza todas as suas habilidades e competências para dialogar com o contexto, verificar ideias, avaliar hipóteses e aprender novas estratégias para satisfazer suas necessidades.
Para ele, o conhecimento não tem limite. Evolui constantemente em um incontrolável fluxo de informações, de reflexões, descobertas, invenções. Quanto mais se amplia o conhecimento, mais o ser humano se depara com um horizonte repleto de infinitas possibilidades.